Ser bom em poesia e não ganhar o concurso
Bom artista e ganhar a vida em outro trabalho
Querer dançar, porém, está machucado
Então canta, mas mal
Sou um instrumento desafinado
Minha mania do eu na escrita
Que abraça vós, e eles
Se com chacoalhões o espírito da carne
se desprendesse
Há palavra engasgada
Rasga alma
E amarga os versos
Doce poesia que me alimenta
E ao passar pela garganta, machuca
Como cantar todas as vozes?
Elas brotam de dentro e gritam
No modo instinto me emociono e me assusto
Sou um instrumento descontrolado pelo governo
Governado no descontrole
Controlado no que é falho
Pípulas da normalidade nocivas
a sensibilidade dos sentidos gozados
Como dançar muitos corpos?
Eles saltam, são assaltados
Assasinato ou/e suícidio
Quando os passarinhos cantam
Nasce alguns tons a mais em mim
O som do mar
Me traz o mistério e sabedoria
E o das máquinas
Me desperta, e me perturba
Quando eu danço com árvores
o que tem que mergulhar pra terra, vai
Como também
vai para o céu se precisar, voa
O que ficar
Se contenta
Que é o bem, mesmo que duro
Porque veio para alertar
Se concentra
Porque a crueldade da vida
é bela, mas também causa repulsa
O ideal sempre é omisso e enganoso
O perfeito sempre visto de perto
é desafiador e teimoso
Mas a beleza,
Ah... a beleza
Sempre encontra formas de se alegrar
Mesmo que essas sejam
distorcidas ou/e incompreendidas
Quando sentidas sacia a fome
da alma
Sentir amor cada segundo
invadindo poro por poro
Abastecendo célula por célula de energia
é vida boa, Mesmo que dor
Se doa pra vida.
Vertigem Intemporal
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Poema Íntimo
Querem prender os meus cabelos
E fazer mal para meu corpo
Se se sentir mau, ou mau senti-lo
para eu fugir de mim mesmo
E malhar os músculos e matar os neorônios
Para não pensar em todo descaso
Com o caos no mundo
Me caso com os livros
E os traio com meus versos
Minhas palavras presas na carne
Solta em poemas
Porque não tenho amor
Que as solte com a língua.
Mudo: de mudança e de sonoridade
Acham-me tranquilo, calmo
Personagem que não entenderiam
Sou eu dentro: grato pela dor
Que transformo em festa
E faço rock in roll
A planta dos meu pés
Procura o chão
A raiz da árvore
Há só concreto
E teto
Vivo na luz
dos raios
do Sol, da Lua
das Trevas
Vivo
Na morte da vida
Vivo na mente
De quem não me entende
E subo, morro, céu
A dentro de mim
Que descubro ser eu
Com o próximo
Que não se acha
Quem se acha?
Logo morre
E fazer mal para meu corpo
Se se sentir mau, ou mau senti-lo
para eu fugir de mim mesmo
E malhar os músculos e matar os neorônios
Para não pensar em todo descaso
Com o caos no mundo
Me caso com os livros
E os traio com meus versos
Minhas palavras presas na carne
Solta em poemas
Porque não tenho amor
Que as solte com a língua.
Mudo: de mudança e de sonoridade
Acham-me tranquilo, calmo
Personagem que não entenderiam
Sou eu dentro: grato pela dor
Que transformo em festa
E faço rock in roll
A planta dos meu pés
Procura o chão
A raiz da árvore
Há só concreto
E teto
Vivo na luz
dos raios
do Sol, da Lua
das Trevas
Vivo
Na morte da vida
Vivo na mente
De quem não me entende
E subo, morro, céu
A dentro de mim
Que descubro ser eu
Com o próximo
Que não se acha
Quem se acha?
Logo morre
Ruídos em Apuração
Jornalismo
Enganado e enganoso
Jornalista
Barato pra horror
Da humanidade
Morte é uma benção
Genocídio é festa
Nos jornais escorrem sangue
Vinho para os escravos
Genocídio é festa
Nos jornais escorrem sangue
Vinho para os escravos
Do intelecto roubado
Sem faro
Sem trato
mas, uma estampa bonita
Sem trato
mas, uma estampa bonita
Palavras famintas
De apuração
Profundidade rasa
é objetividade
Que dó, que dor
tantas informações equivocadas
Por falsos profetas
Entre linhas
Entre os dedos
Entre as fontes
Há a embriaguez das palavras
E com elas a ilusão
Improvisação de juízo
Opiniões fast-food
A mentira da isenção
Um furo enaltece um ego
e destrói outros
E isso é trabalho, e isso
Mata a fome
mas, o estômago ronca
De valores éticos
Que estrutura sensível
Alimentada por café, cigarros e
Comida industrializada
Quanta insensibilidade
Quantos perfis
No buraco negro
Da Nova Mídia
O virtual
É a realidade
Corpos ansiosos: mimetismo
Uma hora é eternidade
Quantos profissionais moribundos
Em grandes veículos cheio de vida
Energia canalizada para
Alienar
Gravatas alinhadas
Para enforcar
Computadores
a disparar, disseminar
Notícias bomba e bunda
Efeito catastrófico
A retardar
Nesse mar das redações
Poluído e agitado
Focas, não se amedrontem
Com tubarões.
Nadem até as estrelas
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Trago
Em meu peito
Toda a insegurança
Do ar tóxico e do ar puro
Trago a fumaça
Em meus pulmões e em meu corpo todo
Porque com saúde posso alcançar
E com fraqueza me lamentar
E se, inteligente, me reerguer
Por que a vida não espera
E tenho pressa
Por não saber o próximo passo
Trago, pois em mim só a dor
E tenho medo de perder
O pouco de paz que há em meu ser
Hora amigo, hora inimigo
Trago, pois sou o reflexo da poluição
Que a sociedade causa
Porque gosto do escuro
E choro lágrimas de alguém violado
Trago porque sou jovem
E há gozo reprimido
Tanto próprio quanto do próximo
E pouco entendo do caos que sinto
Não sei transformar isso em positivo
O pior é que sei
Retardado ei de ser
Está tudo errado!
E agora... Trago certo
Que é parar de tragar
E trazer. Ofertar!
Ao modo saudável de
Dançar a vida!
Louvar o eu
Artista que trago em mim
De dentro pra fora
Canta doce rasgado
E encanta
Com minha fortaleza
Resguardada
NuARte
Olhos translúcidos de...
Amy Winehouse
Corpo e Alma
Num jogo perdido
Droga nosso amor
Toque a abstração
e veja
A fragilidade do coração
Entrega-se
Conhecer o céu e inferno
Do obscuro íntimo
Terra absorver pudor
Curta embriaguez do sexo
Show da vida sem ensaios
No palco despreparado
Lágrimas, suor, vodka
Entrega-se
A dança desconcertante
Sem música que tanto procura
Performance em plano baixo
Decadência com orgulho
da loucura que é a liberdade
E a falta de liberdade
Lucidez e vício
Tudo em mim é redemoinho
Torno-me furacão
Num suspiro
Fracasso e sucesso amigos
Moram numa casa destelhada
Nunca amarre minhas asas
Tanto machucadas!
Mas ainda funcionam e as deixo livres.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Desejo
Qual o gosto da dor!?! Creio ser doce! Ficar à contemplar-me na confusão do diálogo interno. Sua corajosa fraqueza, energia teimosa que não me da seu corpo, somente palavras. E não me canso delas. Que constroem... nossa história que se dispersa com o vento lá fora. No entanto, dentro, queima fogo vermelho sangue. Paixão de alma e carne, perfume vida. Queria que as salamandras que dançam em mim dançasse em ti também. No coração e no sexo, tanto ardor... Toma um banho de chuva e vem me sentir com seus sentidos descobertos de véus. Queria tanto gozar contigo.
Sensualidade
O que é a sensualidade, se não a naturalidade do ser. Como ser sexy, perguntam-se os miseráveis, vítimas do capitalismo exacerbado que destrói o natural. E encontram respostas nas lojas, nas compras, nas vozes mentirosas dos atendentes que precisam vender para se sentir útil, e pagar suas contas, e também, é claro, se sentir sexy. Bando de bosta, são todos esses infelizes, que sorriem, para se sen
tir feliz. Tristemente feliz... felicidade mentirosa. Porque a felicidade real incomoda as pessoas. A espontaneidade incomoda as pessoas. é preciso ser condicionado. Essa é a condição de ser sexy. Sabe porque a sensualidade hoje em dia é ser condicionado? Porque é muito mais difícil ser você mesmo. Ser sincero consigo mesmo. Muito mais fácil é seguir o padrão.
Assinar:
Postagens (Atom)